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Bíblia Comparada Ao Alcorão

Bíblia comparada ao Alcorão

Deve ser declarado no início deste trabalho, que os muçulmanos não procuram rebaixar ou profanar a Bíblia Sagrada. É um pilar fundamental da fé para os muçulmanos crer nas revelações originais que chegaram a Moisés, Davi, Salomão e Jesus, assim como é importante para os muçulmanos acreditarem na revelação do Alcorão que veio a Muhammad (que a paz e bênçãos estejam com ele).

A palavra chave aqui, no entanto, é “original”. Como todos sabemos, a origem da Bíblia é obscurecida com séculos de cópia, tradução e transmissão de informações, agora perdidas, com apenas cópias de manuscritos restantes para nos lembrar do que uma vez foi a Bíblia.

Além disso, deve-se notar que os muçulmanos não procuram destruir a crença dos cristãos ou judeus na Palavra de Deus, mas é uma obrigação dos muçulmanos considerarem o que é certo e deter o que é mau. Certamente, fazendo com que o “Povo do Livro” (como o Alcorão se refere aos cristãos e judeus) caia em descrença e deixe qualquer fé em Deus, é exatamente o oposto da direção que os muçulmanos devem seguir apresentando qualquer comparação entre o Islam e o que veio no passado, de Allah o Todo-Poderoso.

Nós só procuramos trazer mais luz para as pessoas que buscam orientação e oramos para que todos nós tenhamos sucesso com nosso Senhor nesta vida e na próxima. e pedimos a Sua orientação e apoio ao fazer isso, ameen.

A Bíblia

Antigo Testamento

Existe hoje uma série de diferentes versões na antiga língua hebraica do Livro Judaico, chamada Torá [Lei], e isso é geralmente referido no cristianismo como o Antigo Testamento. Naturalmente, tem havido muitas traduções diferentes para um grande número de línguas ao longo dos séculos e não se pode esperar que elas sejam idênticas em texto ou significado. O que temos hoje em inglês ainda permanece um pouco semelhante a grandes quantidades desses documentos mais antigos.

Novo Testamento

Existem também diferentes versões do Evangelho ou o que é comumente chamado de Novo Testamento na língua grega e latina e estas também têm muitas traduções para outras línguas. Mesmo entre as traduções inglesas existem grandes diferenças.

Vale mencionar duas diferenças muito claras, como, por exemplo; a Bíblia católica [c. 325 d.C.] contém 73 livros no total, enquanto a Bíblia Protestante contém apenas 66 livros, e embora a nova versão (Protestante) tenha sido tirada da Bíblia Católica, mesmo assim esses livros não combinam completamente um com o outro. Não há denominador comum para nenhuma das muitas versões diferentes da Bíblia.

Pergaminhos do Mar Morto

Têm sido encontrados vários rolos e pergaminhos em lugares ao redor do que chamamos de “Terra Santa” ao longo dos séculos, não menos do que são aqueles freqüentemente chamados de “Manuscritos do Mar Morto” ou, como são conhecidos pelos estudiosos, “Wadi Qumran Scrolls”. Eles foram descobertos no século passado por volta de 1930 e provaram ser muito antigos e poderiam ser mais antigos do que quaisquer outros manuscritos existentes.

Muito do que foi traduzido desses pergaminhos é semelhante a alguns dos manuscritos mais antigos, mas ainda há diferenças muito importantes dignas de atenção. Gostaríamos de recomendar algumas leituras importantes sobre esse tópico no final deste artigo.

O Alcorão

A Palavra Alcorão significa: Recitação

A palavra “Alcorão” significa “aquilo que é recitado; ou aquilo que é ditado em forma de memória”. Como tal, não é apenas um livro, nem é algo que nos chega apenas por escrito. A documentação por escrito sobre o Alcorão foi preservada em museus em todo o mundo, incluindo o Palácio Topekopi em Istambul, na Turquia, o museu em Tashkent, no Uzbequistão e também na Inglaterra.

O Alcorão ainda é impresso até hoje com a verificação e supervisão de conselhos de estudiosos que têm o Alcorão na memória e que se certificam de que não há erros de impressão.

Apenas Uma Versão – Árabe

Não existem versões diferentes do Alcorão na língua árabe, apenas traduções diferentes e, claro, nenhuma delas seria considerada como abrangente do valor e autenticidade da Recitação Árabe original. O Alcorão é dividido em 30 partes iguais, chamadas “Juz” (partes) no idioma árabe. Elas são aprendidas pelos muçulmanos desde os seus primórdios como crianças.

Memorizado por Milhões – Totalmente

O importante a manter em mente sobre o Alcorão é a memorização e transmissão da real “Recitação”, assim como veio a Muhammad ﷺ através do Anjo Gabriel e foi aprendido e memorizado por seus companheiros e eles, por sua vez, passaram para seus seguidores e continuou assim até vermos hoje, mais de 10.000.000 (dez milhões) de muçulmanos que colocaram todo o Alcorão na memória.

Isso não é um feito pequeno. Afinal, quantas outras obras de valor literário foram memorizadas e transmitidas através de tantas gerações, na língua original, sem uma única mudança em uma frase sequer?

Cada Muçulmano Tem o “Quran” Memorizado

Todos os muçulmanos memorizam uma parte do Alcorão em árabe, já que isso é uma parte importante de suas orações diárias. Muitos muçulmanos memorizam grandes porções do Alcorão, a partir de um décimo, depois para a metade, seguindo para todo o Alcorão, e tudo na língua árabe original. Deve-se notar que há mais de um bilhão e meio (1.500.000.000) de muçulmanos em todo o mundo e apenas cerca de 10% são árabes, todo o resto está aprendendo o Alcorão em árabe como segunda língua.

Deus fala em Primeira Pessoa para a Humanidade no Alcorão

O Alcorão contém declarações claras de Deus (Allah), o Todo-Poderoso e é Ele falando a todos nós na primeira pessoa. Ele nos fala de nossa própria criação, a criação de tudo o que há no universo e o que aconteceu àqueles antes de nós e o que será de nós, se não dermos atenção às advertências claramente anunciadas em Sua Revelação.

Ele fala também a Muhammad ﷺ para mostrar que Muhammad ﷺ não está inventando isso e até mesmo repreende Muhammad ﷺ por fazer suposições humanas, ao invés de esperar por revelação sobre assuntos (vide Surata At-Tahrim e Surata Abasa).

O Alcorão Faz Menção de Si

O Alcorão faz referência a si mesmo como “O Alcorão” (A Recitação) e menciona que é para toda a humanidade e jinn (outra criação de Allah, semelhante aos humanos, que poderiam fazer escolhas quanto a obedecer ou não aos Mandamentos de Deus, e eles existiam antes dos humanos).

O Alcorão Descreve Exatamente a Natureza de Deus

O Alcorão é claro sobre quem é Deus e quem Ele não é. Não há espaço para dúvidas depois de ler o Alcorão na língua árabe: Deus é Um. Ele é o Único Criador, Sustentador e Proprietário do universo. Ele não tem parceiros. Ele não tem parentes, esposas, filhas ou filhos. Ele não é como a Sua criação e Ele não precisa disso para a Sua existência, enquanto todo o tempo a criação é totalmente dependente dEle.

Seus atributos são claramente definidos como o epítome de todos e de cada um. Ele é, por exemplo, o Onisciente; O que tudo ouve; O que tudo vê; O Perdoador; O Amabilíssimo; O Misericordioso; O único Deus. Nunca há uma contradição com isso em qualquer lugar do Alcorão.

O Alcorão Desafia os Leitores

O Alcorão faz o claro desafio, que se você estiver em dúvida sobre ele – então traga um livro como ele. Além disso, trazer dez capítulos iguais e, finalmente, trazer um único capítulo como o dele. 1.400 anos – e ninguém foi capaz de duplicar sua beleza, recitação, milagres e facilidade de memorização. Outro desafio para os incrédulos considerarem;

“Se esse (Alcorão) fosse de outro, senão Allah, você encontraria dentro de dele muitas contradições.” [Sagrado Alcorão 4:82]. E ainda, outro desafio oferecido por Allah no Alcorão é que os incrédulos procurem evidências. Allah diz que Ele lhes mostrará Seus sinais dentro deles mesmo e nos horizontes mais distantes.

Milagres Científicos no Alcorão

Os milagres científicos do Alcorão não poderiam ter sido compreendidos naquela época, mas hoje nós tomamos por certo muitas coisas incluídas na revelação do Alcorão.

Alguns vale mencionar: A formação do embrião no útero da mãe (surata 98); divisórias em alto mar; águas que não se misturam; nuvens e como elas fazem a chuva e como raios são causados ​​por cristais de gelo; formação das montanhas da terra no subsolo profundo; órbitas de planetas, estrelas e luas – e até mesmo a menção de viagens espaciais (surata 55:33).

Comparação da Bíblia e do Alcorão

[Dr. Gary Miller- comentado por Yusuf Estes]

Bíblia é coleção de escritos-Alcorão é Recitação de Deus para Muhammad ﷺ

Considerando que, a Bíblia é uma coleção de escritos de muitos autores diferentes, o Alcorão é um ditado (ou recitação). O orador no Alcorão – na primeira pessoa – é Deus (Allah), O Todo-Poderoso, falando diretamente ao homem.

Na Bíblia há muitos homens escrevendo sobre Deus e percebe-se, em alguns lugares, a palavra de Deus se referindo aos homens e, ainda, em outros lugares, alguns homens simplesmente escrevendo sobre história ou troca pessoal de informações entre si (ex: Epístola de João 3).

A Bíblia, na versão inglesa de “King James”, consiste em 66 livros pequenos. Aproximadamente 18 deles começam dizendo: “Esta é a revelação que Deus deu para isso e aquilo”, o restante não faz nenhuma afirmação quanto à sua origem. Tem, por exemplo, o início do livro de Jonas, que começa dizendo: A palavra do Senhor veio a Jonas, o filho de Elmitaeh, dizendo: cite e, em seguida, continue por duas ou três páginas.

Compare isso com o início do livro de “Lucas”, que começa dizendo:

1- Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos que se cumpriram entre nós,

2- conforme nos foram transmitidos por aqueles que desde o início foram testemunhas oculares e servos da palavra.

3- Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo, e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo,

4- para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas”.

Vemos o autor do livro de “Lucas”, dizendo essencialmente: “Muitas pessoas têm escrito sobre as coisas, parece apropriado para mim fazer isso também”.

“Lucas” diz que parece a ele que, enquanto outros estão levando algo em conta para escrever sobre isso, mesmo sendo testemunhas oculares da coisa toda, ele sente que, embora não fosse, ainda tem “perfeita compreensão de todas as coisas desde o início”.

Portanto, esta é apenas uma carta de uma pessoa para outra, nenhuma das quais conhecia Jesus, que a paz esteja com ele, nem foram testemunhas oculares de nada do que aconteceu. [Yusuf Estes]

Se você comparar isso com um dos quatro relatos da vida de Jesus, Lucas começa dizendo: “muitas pessoas escreveram sobre esse homem, parece apropriado para mim fazer isso também”.

Isso é tudo – nenhum clamor de dizer – estas palavras foram dadas a mim por Deus, aqui elas são uma revelação para você -, não há menção a isso.

“Bíblia” Não Está na Bíblia

A Bíblia não contém uma auto-referência, isto é, a palavra “Bíblia” não está na Bíblia. Em nenhum lugar a Bíblia fala sobre si mesma. Algumas escrituras, às vezes, são apontadas na Bíblia, dizem: Aqui, onde ela fala sobre si mesma, temos que olhar de perto. 2 Timóteo 3:16 é o favorito que diz:

“Toda a escritura é inspirada por Deus”

Há aqueles que diriam: aqui é onde a Bíblia fala sobre si mesma, diz que é inspirada por Deus, tudo isso. Mas se a frase inteira for lida, perceberá que esta foi uma carta escrita por Paulo a Timóteo e toda a frase diz a Timóteo:

“Desde que você era jovem você estudou as escrituras sagradas, todas as escrituras inspiradas por Deus Quando Timóteo era jovem, o Novo Testamento não existia, a única coisa que ele estava falando era sobre as escrituras – que são apenas uma parte da Bíblia – de antes daquele tempo. Não poderia significar a Bíblia inteira.

A Bíblia Amaldiçoa os Padres da Igreja que Removeram o Livro das Revelações

Há no final da Bíblia um versículo que diz:

Porque eu testifico a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro (Apocalipse): se alguém acrescentar a estas coisas, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro:

E se alguém tirar as palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte do Livro da Vida, da cidade santa e das coisas que estão escritas neste livro. [Y. Estes]

“Qualquer um que tire desse livro ou adicione a esse livro é amaldiçoado”. Isto também é, por vezes, apontado para mim dizendo: Aqui é onde se resume como um todo. Mas olhe de novo e irá ver que quando diz: Que ninguém mude este livro, está falando sobre aquele último livro, 66 (ou é 73 na Bíblia Católica?), O Livro do Apocalipse. Tem também o porquê qualquer referência lhe dirá que o Livro do Apocalipse foi escrito antes que certas outras partes da Bíblia fossem escritas. Acontece hoje, por ser empilhado no final, mas há outras partes que vieram depois, por isso não pode estar se referindo ao livro inteiro.

(Acidentalmente, de acordo com diferentes manuscritos muito mais antigos que a versão de King James, existem palavras diferentes no final do livro do Apocalipse, então como poderíamos resolver esse assunto? – Y.E.)

Nota: O Livro do Apocalipse foi retirado da Bíblia várias vezes, depois substituído e, em seguida, retirado e substituído de acordo com vários Conselhos da Igreja ao longo da história da Igreja. Será que os padres da Igreja não leram a maldição no final do livro?

De Quem é a Palavra?

É uma posição extrema, sustentada apenas por alguns grupos cristãos, que a Bíblia – em sua totalidade – de capa a capa é a revelação de Deus em cada palavra, mas eles fazem uma coisa inteligente quando mencionam isso, ou fazem essa afirmação. Eles dirão que a Bíblia em sua totalidade é a palavra de Deus; inerrante (sem erros) nos escritos originais.

Então, se você for à Bíblia e apontar alguns erros que estão nela, você será informado: Esses erros não estavam lá no manuscrito original, eles se infiltraram para que os vejamos lá hoje.

Eles estão indo para um problema nessa posição. Há um versículo na Bíblia, em Isaías 40:8 que, de fato, é tão bem conhecido, que algumas Bíblias o imprimiram na capa interna como uma introdução e diz: Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus permanece para sempre. Aqui está uma afirmação na Bíblia de que a palavra de Deus permanecerá para sempre, não será corrompida e não será perdida.

Então, se hoje você encontrar um erro na Bíblia, você tem duas escolhas. Ou essa promessa era falsa, e quando Deus disse que a palavra não desapareceria, ele estava enganado, ou a porção que tem o erro nela não era uma parte da palavra de Deus em primeiro lugar, porque a promessa era de que seria salvaguardado, não seria corrompido.

Existem Erros?

Eu sugeri muitas vezes que há erros na Bíblia e a acusação volta muito rapidamente: ‘’mostre-me um’’. Bem, existem centenas. Se quiser ser específico, posso mencionar alguns. Você tem, por exemplo, em 2 Samuel 10:18 uma descrição de uma guerra travada por Davi, dizendo que ele matou 7000 homens e que ele também matou 40000 homens a cavalo.

Em 1 Crônicas 19 é mencionado o mesmo episódio dizendo que ele matou 70000 homens e os 40000 homens não estavam a cavalo, estavam a pé.

O ponto é que a diferença entre o pedestre e o não pedestre, é fundamental.

Como Judas Morreu?

Mateus 27: 5 diz que Judas Iscariotes, quando morreu, se enforcou. Atos 1 diz que não, ele pulou de um penhasco primeiro. Se você estudar lógica, muito em breve chegará no seu curso ao que eles chamam de “proposições indecidíveis”, “sentenças sem sentido” e declarações que não podem ser decididas porque não há nenhuma falsa contextualmente. Um dos exemplos clássicos localizados é algo chamado o paradoxo de Effeminates.

Esse homem era cigano e ele disse: “os ciganos sempre mentem”, agora essa afirmação é verdadeira ou falsa? Se ele era um cigano e ele diz que eles sempre mentem, ele está mentindo? Se ele não está mentindo, então ele está dizendo a verdade, logo os ciganos nem sempre mentem! Veja que não pode ser verdade e não pode ser mentira, pois a afirmação volta para si mesma. É como dizer: “O que estou dizendo agora é uma mentira”.

Você acreditaria ou não? Você vê que a declaração não tem conteúdo verdadeiro. Não pode ser verdade e não pode ser mentira. Se é verdade, é sempre mentira. Se é mentira, também é verdade. Bem, na Bíblia, em Tito 1:12, o escritor é Paulo e ele fala dos ciganos. Ele diz que um de seus próprios homens – um profeta – disse que “os ciganos sempre mentem” e ele diz que o que esse homem diz é verdade.

É um pequeno erro, mas o ponto é que é um erro humano. Você não encontra isso, se for examinar cuidadosamente o verdadeiro conteúdo dessa declaração. Não pode ser uma afirmação verdadeira.

Quem é o Autor?

Agora eu volto para o Alcorão, e como mencionei, o orador no Alcorão – na primeira pessoa – é Deus. O livro alega que é a palavra de Deus. Ele se denomina 70 vezes como Alcorão. Ele fala sobre seu próprio conteúdo. Tem auto-referência.

O Alcorão afirma na primeira Surata depois de Al-Fatiha, que “Este é o Livro. Nele, não há dúvida alguma. É a orientação para os conscientes de Deus… e assim por diante”. Começa desse jeito e continua assim, salientando isso.

E há uma declaração muito surpreendente no Alcorão quando você chega à quarta Surata, 82ª Ayah, que faz, àqueles que dizem que o Alcorão é outra coisa além da palavra de Deus, um desafio dizendo: “E não ponderam eles o Alcorão? E, fosse vindo de outro que Allah, encontrariam nele muitas discrepâncias.”

Alguns de vocês devem ser estudantes. Você se atreveria a entregar um papel depois de ter concluído um trabalho de pesquisa, colocando no fundo algo como “Você não vai encontrar erros nisso.”? Você se atreveria a desafiar seu professor dessa maneira? Bem, o Alcorão faz isso. Está dizendo: se você realmente acha que sabe de onde isso veio, então comece a procurar por erros, porque você não encontrará nenhum.

Outra coisa interessante que o Alcorão faz é citar todos os seus críticos. Nunca houve – em centenas de anos – alguma sugestão sobre a origem do livro, mas o Alcorão não só mencionou essa objeção, como respondeu a ela. Muitas vezes você encontrará o versículo dizendo algo como: Eles dizem tal e tal, digam para eles tal e tal.. Em todos os casos, há uma resposta. Mais do que isso, o Alcorão afirma que a evidência de sua origem está em si mesmo e que, se você olhar este livro, ficará convencido.

Diferença de Autoridade

Assim, a diferença entre o cristianismo e o Islam se resume a uma questão de autoridade e apelo à autoridade. O cristão quer apelar para a Bíblia e o muçulmano quer apelar para o Alcorão. Você não pode parar de dizer: Isso é verdade porque o livro diz que é, e alguém diria que outra coisa é verdadeira porque meu livro diz diferente, não pode parar nesse ponto, e o Alcorão não pára. Os cristãos podem apontar para algumas palavras que estão registradas que Jesus disse, e dizem que isso prova meu ponto.

Mas o muçulmano não abre simplesmente o livro e diz: Não, não, o Alcorão diz isso, porque o Alcorão não nega simplesmente algo que a Bíblia diz e diz outra coisa em seu lugar. O Alcorão toma a forma de uma réplica, é uma orientação, como diz a abertura (Huda lil mutakeen).

De modo que, para cada sugestão que o cristão possa dizer: Minha Bíblia diz tal e tal, o Alcorão não dirá simplesmente: Não, isso não é verdade, ele dirá: Eles dizem tal e tal então perguntam isso e aquilo. Você tem, por exemplo, a Ayah que compara Jesus e Adão. Há aqueles que podem dizer que Jesus deve ter sido Deus (Filho de Deus) porque ele não tinha pai. Ele tinha uma mulher que era sua mãe, mas não havia pai humano. Foi Deus que lhe deu vida, então ele deve ter sido filho de Deus.

O Alcorão lembra o cristão em uma frase curta de lembrar Adão – quem era seu pai? – e, de fato, quem era sua mãe? Ele também não tinha pai e, na verdade, ele não tinha mãe, mas o que isso faz dele? De modo que a semelhança de Adão é a semelhança de Jesus, eles não eram nada e então eles se tornaram algo; eles adoram a Deus.

O Alcorão Convida – Não Exige

O Alcorão não exige crença – o Alcorão convida à crença, e aqui está a diferença fundamental. Não é simplesmente entregue como: Aqui está o que você deve acreditar, mas em todo o Alcorão as declarações são sempre: Você pensou em tal e tal, você já considerou isso e aquilo? É sempre um convite para você olhar as evidências; agora no que você acredita?

Alegação Especial da Bíblia

A citação da Bíblia, muitas vezes, toma a forma do que é chamado em Argumentação: Solicitação Especial. Isso é quando as implicações não são consistentes. Quando você pega algo e diz: Bem, isso deve significar algo, mas você não usa o mesmo argumento para aplicá-lo a outra coisa.

Para dar um exemplo, tenho visto em publicações muitas vezes, afirmando que Jesus deve ter sido Deus porque ele operou milagres. Por outro lado, sabemos muito bem que não há milagre alguma vez operado por Jesus que também não esteja registrado no Antigo Testamento, como tendo sido trabalhado por um dos profetas.

Você tinha entre outros, Elias, que é relatado por ter curado o leproso, por dar vida ao menino morto e por ter multiplicado o pão para o povo comer – três dos milagres mais favoritos citados para Jesus. Se os milagres realizados por Jesus provaram que ele era Deus, por que eles não provam que Elias era Deus? Isso é um pedido especial, se você entender o que quero dizer.

As implicações não são consistentes. Se isso implica que, nesse caso, também deve implicar a mesma coisa. Nós temos aqueles que diriam que Jesus era Deus porque ele foi levado para o céu. Mas a Bíblia também diz que Einah não morreu, ele foi levado para o céu por Deus. Se é verdade ou não, quem sabe, mas o ponto é que se Jesus está sendo levado a provar que ele é Deus, por que não prova que Einah era Deus? A mesma coisa aconteceu com ele.

Partes Claras & Partes Difíceis da Bíblia

Escrevi para um homem certa vez, que escreveu um livro sobre o cristianismo e tive algumas das objeções que mencionei agora. E a resposta dele para mim foi que estou tornando as coisas difíceis para mim, que há porções na Bíblia que são cristalinas e que há partes que são difíceis, e que meu problema é que eu estou olhando para a parte difícil ao invés de as partes claras.

O problema é que isso é um exercício de auto-engano – porquê algumas partes são claras e algumas partes difíceis? É porque alguém decidiu o que isso claramente significa, agora o torna muito difícil.

Para dar um exemplo, João capítulo 14, um certo homem disse a Jesus: Mostra-nos Deus, e Jesus disse: Se você me viu, viu a Deus. Agora, sem ler sobre, o cristão dirá: Veja Jesus alegou ser Deus, ele disse que se você me viu, você viu a Deus.

Se isso é cristalino, então você tem uma parte difícil quando você volta apenas algumas páginas para o capítulo 5, quando outro homem veio a Jesus e disse: mostre-nos Deus e ele disse que nunca viu a Deus e que nunca ouviu a voz dele.

Agora, o que ele quis dizer com isso, se na outra ocasião ele quis dizer que ele era Deus? Obviamente, você dificultou as coisas ao decidir o que o primeiro significava. Se você ler no capítulo 14, verá o que ele disse. Ele estava dizendo o mais próximo que você vai ver Deus é a obra que você me vê fazendo.

A Bíblia Não Afirma que Jesus Reivindicou Ser Filho de Deus

É um fato que as palavras “santo de Deus” não são encontradas nos lábios de Jesus em nenhum lugar nos três primeiros relatos do Evangelho, pois ele estava sempre se chamando de o Filho do Homem. É uma curiosa forma de raciocínio que eu tenho visto tantas vezes que é estabelecida a partir da Bíblia que ele afirmou ser Deus porque – veja como os judeus reagiram. Eles dirão, por exemplo, ele disse tal e tal e os judeus disseram que ele está blasfemando, ele alegou ser Deus e eles tentaram apedrejá-lo.

Então eles argumentam que ele deve ter afirmado ser Deus porque olha! – os judeus tentaram matá-lo. Eles disseram que era o que ele estava reivindicando. Mas o interessante é que toda a evidência é então construída sobre o fato de que uma pessoa está dizendo: ‘Eu acreditava que Jesus era o filho de Deus, porque os judeus que o mataram disseram que era o que ele costumava dizer!’’ Seus inimigos costumavam dizer isso, então ele deve ter dito, é isso que significa.

Por outro lado, temos as palavras de Jesus dizendo que ele manteria a lei, a lei de Moisés e temos a declaração na Bíblia, ‘’por que os judeus o mataram?’’ Porque ele quebrou a lei de Moisés. Obviamente, os judeus o entenderam mal, se ele prometeu que manteria a lei, mas eles o mataram porque ele quebrou a lei, eles devem ter entendido mal ou mentido sobre ele.

Escritores da Bíblia – Fora do Contexto

Quando eu falo sobre a Bíblia e cito vários versos aqui e ali, sou frequentemente acusado de colocar as coisas fora de contexto, para dizer que algo foi tirado do que estava falando e dado um significado. Eu não quero responder à acusação como tal, mas não parece ocorrer a muitas pessoas que talvez aqueles que escreveram porções da Bíblia, em primeiro lugar, fossem culpados da mesma coisa.

Talvez eles – alguns desses escritores – acreditassem em uma determinada coisa e para provar a citação de suas escrituras – o Antigo Testamento, os escritos hebraicos – citadas fora de contexto para provar seu ponto de vista. Existem exemplos desse tipo de coisa. Em Mateus 2, foi dito que um rei queria matar o menino Jesus, para que ele e sua família fossem ao Egito e lá ficassem até que o rei morresse e depois voltassem.

Quando o escritor de Mateus, quem ele era, porque o nome de Mateus não será encontrado no livro de Mateus; quando ele descreveu este evento dizendo que ele voltou do Egito, ele disse: “Isto era para cumprir uma profecia que está escrita” e então ele cita Oséias capítulo 11 “Do Egito eu chamei meu Filho”.

Então ele disse que Jesus foi para o Egito e depois voltou do Egito e temos essa passagem nas escrituras hebraicas “do Egito eu chamei meu filho”. Jesus deve ter sido o filho de Deus. Se você olhar e ver o que ele estava citando, Oséias 11:1, ele cita a segunda metade de uma frase completa, a frase completa diz: “Quando Israel era jovem, eu o amava e do Egito eu chamava meu filho”. Israel, a nação foi considerada como o filho de Deus.

Disseram a Moisés que fosse ao Faraó e lhe dissesse: ‘’Se você tocar aquela nação de pessoas, tocará meu filho’’; avisando-o, e avisando ao Faraó: ‘’não toque nessa nação’’, chamando a nação de “o filho de Deus”. De modo que esta é a única coisa falada em Oséias 11:1. ‘’Fora do Egito eu chamei meu filho’’, só pode se referir à nação de Israel. Mencionei este ponto há alguns meses aqui em outra palestra, à qual uma jovem senhora se opôs que Israel é um nome simbólico para Jesus.

Você terá dificuldade em encontrar isso em qualquer lugar da Bíblia, porque não está lá. Você pode pegar um índice da Bíblia e procurar a palavra “Israel” em todos os lugares em que a palavra ocorre e nada será encontrado em nenhum lugar que possa conectar a palavra Israel com Jesus. Mas não importa – suponha que seja verdade, continue lendo, o segundo verso que diz – ‘’e depois disso ele continuou adorando Bal’’ , porque era disso que os israelitas eram culpados, muitas vezes, eles continuavam caindo na adoração dos ídolos.

Então, se Israel significa realmente que Jesus é o filho de Deus que veio do Egito, eles também devem dizer que Jesus, de tempos em tempos, costumava se curvar àquele ídolo Bal. Você tem que ser consistente e seguir adiante no que diz. Então o ponto é quem escreveu Mateus e o Capítulo 2 estava tentando provar um ponto, citando algo fora de contexto, e ele se desfez, porque se seguir em frente, não poderá ser assim.

Alcorão Tem Evidências Internas

Agora eu posso voltar à afirmação de que o Alcorão tem evidências internas de sua origem. Há muitas maneiras de ver isso. Como um exemplo, se eu destacar alguém aqui e disser: ‘’Sabe, eu conheço seu pai’’ – ele vai duvidar disso, ele nunca me viu com seu pai. Ele diria, como ele é? Ele é alto? Ele usa óculos? E assim por diante, e se eu lhe der as respostas certas, logo ele será convencido: “Ah, sim, você se encontrou com ele”. Se você aplicar o mesmo tipo de pensamento quando olha para o Alcorão, eis um livro que diz que veio daquele que estava lá quando o universo começou. Então você deve estar se perguntando: ‘’Então me diga algo que comprove isso. Diga-me algo que me mostre que você deve ter estado lá quando o universo estava começando’’.

Você encontrará em dois versículos diferentes a afirmação de que toda a criação começou a partir de um único ponto e, a partir dele, foi se expandindo. Em 1978, deram o prêmio Nobel para duas pessoas que provaram que esse é o caso. É a origem do big bang do universo.

Foi determinado pelos grandes receptores de rádio que eles têm para as companhias telefônicas, que eram sensíveis o suficiente para captar as transmissões dos satélites e continuavam encontrando ruídos de fundo que não podiam explicar. Até que a única explicação veio a ser que a energia que sobrou da explosão original se encaixa exatamente como era previsto pelo cálculo matemático do que seria essa coisa, se o universo começasse a partir de um único ponto e explodisse para fora.

Então eles confirmaram isso, mas somente em 1978. Séculos antes disso, está o Alcorão dizendo que os céus e a terra no começo eram um pedaço e eram divididos, e diz em outro versículo: “dos céus estamos expandindo-a”.

Alcorão Tem Precisão Exata

Deixe-me falar sobre uma investigação pessoal, quando ocorreu-me que há uma série de coisas que podem ser encontradas no Alcorão e que evidenciam sua origem -as evidências internas. Se o Alcorão é ditado de um indivíduo perfeito; ele se origina com Deus, então não deve haver nenhum espaço desperdiçado, deve ser muito significativo.

Não deve haver nada que não precisamos ou que possa ser cortado, e não deve estar faltando nada. E tudo lá esterá realmente para um propósito específico. Eu comecei a pensar sobre o versículo que mencionei antes, o qual diz: ‘’a semelhança de Jesus é a semelhança de Adão’’. É uma equação, que usa a palavra árabe (Mithel), diz Jesus e Adão, igualmente.

Você vai para o índice do Alcorão, procura o nome ISSA no Alcorão 25 vezes, procura o nome Adam que está lá 25 vezes também. Eles são iguais, através de referências dispersas, mas 25 de cada. Siga isto e você descobrirá que no Alcorão há 8 lugares, onde um versículo diz que algo é como outra coisa. Usando isso (Mithel), você encontrará em todos os casos e tomará ambos os lados deles, qualquer que seja a palavra, procure por ela no índice e vai ser, digamos, 110 vezes, e procurar outra palavra será dita e igual ao mesmo 110.

Isso é um baita projeto de coordenação, se você mesmo tentar escrever um livro dessa maneira, de modo que em todo lugar seja mencionado que tal e tal é como tal e você verifica seu índice, sistema de arquivamento, ou seus cartões perfurados da IBM ou o que for, para ter certeza de que em todo este livro você mencionou ambos o mesmo número de vezes. Mas isso é o que você encontrará no Alcorão.

O Alcorão Fornece Razão

O que eu estou falando é baseado em uma coisa que é chamada de lógica: uso e faço menção de uma palavra. Quando se usa uma palavra, o seu significado está em uso. Quando uma palavra é mencionada, o símbolo está sendo falado, sem o significado.

Por exemplo, se eu disser que Toronto é uma cidade grande – eu usei a palavra Toronto como eu quis dizer este lugar Toronto é uma cidade grande. Mas se eu disser para você que Toronto tem 7 letras, eu não estou falando sobre o lugar (Toronto), eu estou falando sobre esta palavra – Toronto. Então, a revelação está acima do raciocínio, mas não está acima da razão.

Isso quer dizer que somos mais propensos a não encontrar no Alcorão algo que seja irracional, mas podemos encontrar algo que nunca teríamos descoberto por nós mesmos.

Uma Palavra Única Faz Autorreferência no Alcorão

O autor desta frase disse que se este livro veio de alguém, além de Deus, então será encontrado muitos Ikhtalafan (inconsistências). A palavra Ikhtilaf é encontrada muitas vezes no Alcorão. Mas a palavra Ikhtalafan só é encontrada uma vez. Portanto, não há muitos Ikhtilafan no Alcorão, há apenas um – onde a sentença é mencionada. Então, veja como as coisas se encaixam perfeitamente.

Tem sido sugerido para a humanidade: Encontre um erro. O homem não conseguiu se enganar, e ele é muito esperto, porque essa frase também pode significar: Encontre muitos Ikhtilafan e então ele rapidamente vai ao índice para ver se consegue encontrar muitos deles e há apenas um … Desculpe, esperto.

Escrituras Anteriores e Alcorão – Originalmente São Ambos de Allah

Conclusão: Tanto a escrituras anteriores como o Alcorão chegaram até nós por meio de Deus (Allah), O Todo-Poderoso, através do anjo Gabriel, seguindo para os profetas (que a paz esteja com eles). No entanto, quando o próximo passo entra em jogo (aquele dos seres humanos transmitindo-o fielmente aos outros e às gerações futuras), descobrimos que Allah apenas preservou Sua Revelação Última e Final para todos os tempos. E Ele certamente não precisou dos humanos para fazer isso.

Respeito Pelos Livros Sagrados

Os muçulmanos devem respeitar a Bíblia porque ela ainda contém alguns dos ensinamentos originais de Allah. Mas não há necessidade de ir às aulas bíblicas ou comprar uma para ler, ou para tentar aprender sobre qual é o nosso propósito aqui nesta vida. O Alcorão deixa claro que Deus realmente aperfeiçoou nosso “modo de vida”, nos conferiu Seu favor e escolheu para nós nos submetermos a Ele no Islam.

Gostaríamos de sugerir aos não-muçulmanos que considerem a obtenção de um Alcorão (peça um grátis em nosso site se você quiser) e depois investiguem por si mesmos o que realmente é o Alcorão e o que isso pode significar para eles em suas vidas.

Comentário final de Yusuf Estes

Eu gostaria de afirmar que depois de anos estudando a Bíblia e aprendendo a língua árabe para ler o Alcorão, como foi originalmente recitado ao Profeta Muhammad ﷺ pelo anjo Gabriel, eu cheguei a uma surpreendente conclusão.

Parece-me que a Bíblia e o Alcorão são definitivamente da mesma fonte e se complementam muito bem. De fato, parece que a Bíblia não contradiz o Alcorão, exceto nos mesmos lugares onde ela própria se contradiz.

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